Um dia eu tive medo.
Eu sou mesmo muito medrosa. Tenho medo de estampidos, de palhaços, de filmes de terror e, principalmente, de coisas que eu não posso controlar.
Eu sou mesmo muito medrosa. Tenho medo de estampidos, de palhaços, de filmes de terror e, principalmente, de coisas que eu não posso controlar.
Mas, como eu vinha dizendo, eu tive medo.
Tive um medo grande, quando gostei da sensação que senti quando ele me abraçou. Eu quis senti-lo perto de mim por outras vezes, e esse querer me afetou. Eu quis não sentir, quis não me deixar levar e sim levar as coisas.
Pra onde?
Ninguém sabe.
Eu tive medo de quando comecei a sentir a falta dele. De quando os pequenos carinhos e elogios começaram a funcionar quase como um anestésico para as dores cotidianas e de como eles me fizeram dependente.
Fiquei num estado de desespero quando comecei a desejar que ele me abraçasse com todo o carinho devotado a algo de que você não quer se desfazer nunca. De quando eu desligava o cel e percebia que estava triste por não tê-lo do meu lado...
Comecei a ficar desesperada quando vi que tudo aquilo já era indispensável, pra mim. Que aquelas frases confusas, sem saber se já podia ser quem era ou se ainda mantinha a fama de mau, me faziam lembrar do começo de tudo, quando eu ainda não sabia quanto medo eu poderia ter de mim mesma.
Fiquei com medo.
Só queria ele do meu lado, quando eu achava chatas ou legais demais.
Sentir falta, hoje em dia, dá medo.
"O que mais me incomoda não é não ter recebido mensagem. É ter sentido falta delas."