Se a vida tinha trilha sonora, ela era o maior exemplo daquilo.
Ouvia trechos de música, repetia os trechos sempre no mesmo momento e tinha a certeza de que sua vida era um filme, daqueles em que a personagem narra coisas normais em tom de desabafo, com um close gigantesco. A música sobe lentamente e ela já não é mais o foco; as pessoas continuam passando, sem que nada se altere.
Afinal, ninguém sabe que ela é a atriz principal.
Nem ela.
2 comentários:
reescrevendo:
"...as pessoas continuam passando, alterando simplesmente tudo.
Afinal, ninguém sabe que é o personagem principal de sua própria história.
Nem ela."
Pois saiba: os holofotes são seus e aquela expressão sutil que vc acha que ninguém notará no metrô à tarde merecerá close primordial. Eu estou na platéia.
Aplaudindo e torcendo e chorando junto.
Sempre.
mais textos!!!
cadê???
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