quarta-feira, 16 de abril de 2008

Tarde..


Quanta coisa passava sem que ela se desse conta? O número de coisas simples às quais ela não dava valor era incrível.

No ônibus, ela observa muita coisa que passa...ou será que ela sempre passa pelas coisas? Não sabia ao certo.

Sem ouvir buzinas e freadas graças ao seu walkman que tocava melodias simples e tristes, ela olhava pela janela. Sem idéias ou pretensões, com a cabeça tranqüila e um coração que a carregava.


Era de tarde, e fazia frio. Entre um banco e outro, aquele solzinho de outono lhe iluminava o rosto e além de aquecer suas mãos frias, aquecia também sua alma, e a fazia lembrar do quanto havia reclamado dele no último verão.

Ao olhar pra fora, começou a observar as pessoas passando por esta mesma fresta entre prédios, pela qual passava o sol. Eram rostos endurecidos e cansados, quase congelados. Vinham de um longo percurso na sombra, afinal, era uma avenida comercial, e prédios altos não faltavam, porém, quando passavam pelo sol, ela percebia alguma mudança: seja na expressão facial, que relaxava, seja nos braços que agora balançavam livres, seja no passo grande e rápido que agora acontecia sem pressa.

Ficou pensando se o sol era capaz de fazer isso com ela também e se preparou para tentar uma auto-análise, já que até aquele momento só analisara os outros. Ajeitou-se confortavelmente no banco, fechou os olhos e quando sentiu-se pronta, o ônibus andou! Seu pequeno canto com luz ficou pra trás, a fazendo pensar que quando começava a dar valor às pequenas coisas, elas nunca mais aconteciam.

Suspirou e tornou a escutar a música que tocava.

E outra coisa passou...

4 comentários:

Unknown disse...

Pra fazer uma auto-análise é preciso fechar os olhos ??

Daniela Yoko Taminato disse...

Adoro esse texto...


mas tenho sede de coisas novas!

Gustavo Limão disse...

Meww! mto bom o txt /o/

pena q a inspiração ñ foi a melhor XD

Há males q vem para o bem ;D
né ñ?

bjãoooooooooo S2-balão!!!

Hugolino disse...

é só esperar outro vão nos prédios.